O candidato Sebastião Melo (MDB) foi eleito prefeito de Porto Alegre com 54,63% dos votos válidos, superando Manuela D’Ávila (PCdoB), que recebeu 45,37% dos votos. A confirmação do resultado se deu por volta das 18h50, quando Melo foi declarado matematicamente eleito com 97,79% das urnas apuradas.
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As eleições de 2020 na capital gaúcha foram marcadas por muita violência política e mentiras, elementos que atingiram diretamente a candidatura da chapa de Manuela D’Ávila e Miguel Rossetto (PT). Contando com apoio dos partidos de esquerda e progressistas, além dos movimentos sociais e classe artística, a candidata se tornaria a primeira prefeita de Porto Alegre.
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Com um segundo turno apertado, Melo, com um discurso alinhado com a política de Jair Bolsonaro de privatização, tornou-se prefeito de Porto Alegre, com votos mais de 370 mil votos.
Coletiva de Manuela
Ovacionada e com gritos de "Manu gigante" em coletiva de imprensa breve, ao reconhecer a vitória do seu adversário, Manuela D’Ávila agradeceu a presença da militância, da imprensa, de seus companheiros de campanha, em especial seu vice, Miguel Rossetto, e também aos partidos que se somaram no segundo turno.
Coletiva de Manuela / Reprodução
“Quero desejar boa sorte para o nosso adversário. A sorte e o trabalho dele serão a sorte da nossa cidade, do nosso povo, das mulheres e dos homens que vivem em Porto Alegre”, disse Manuela. “É o que nós, eu, Rossetto, enquanto coligação, desejamos e tenho certeza que os vereadores e vereadoras que estão aqui comigo trabalharão para que Porto Alegre seja uma cidade em que as pessoas vivam com mais dignidade”, salientou, destacando a campanha difícil que enfrentaram.
Manuela destacou que a militância tomou as ruas da cidade com uma esperança que não se via há muito tempo. "A esperança no olhar de cada mulher, de cada homem é o que vai nos inspirar para seguir trabalhando por Porto Alegre e para nosso país. Quando nós saímos às ruas, vimos homens e mulheres dispostos a transformar nossa cidade. Pessoas que enfrentaram de cabeça a eleição mais baixa da nossa história."
Ela lembrou que, ao lado dos apoiadores de sua campanha, enfrentou uma rede de fake news que, assim como na campanha presidencial de 2018, a atacou com misoginia. "Esses homens e mulheres enfrentaram pesquisas falsas, divulgadas inclusive pela imprensa, enfrentaram 90% das ofensas nas redes serem dirigidas a mim. Enfrentaram com alegria que é o que me mobiliza, que mobiliza o Miguel e que mobiliza Porto Alegre, de chegar em casa e seguir dizendo que falar a verdade vale a pena. Vamos voltar para onde sempre estivemos, para nossas comunidades, com os nossos mandatos, fazendo com que Porto Alegre possa sonhar em ser uma cidade mais justa para as mulheres e homens que vivem aqui.”
