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Início Política

DIAGNÓSTICO

Belo Horizonte: “Bancada progressista pode construir um projeto muito interessante”

Heloisa Starling analisa relevância do prefeito Kalil, o desempenho do bolsonarimo e estratégias das esquerdas

19.nov.2020 às 14h01
Belo Horizonte
Raíssa Lopes
Heloisa Starling

"Acredito que se a bancada progressista se reunir e conseguir conversar, é possível construir um projeto muito interessante" - Créditos: Reprodução

Heloisa Starling é historiadora, cientista política, professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e escritora. Em análise para o Brasil de Fato, ela reflete a respeito de respostas que a eleição municipal de Belo Horizonte pôde traçar sobre o contexto político atual.

Leia mais: O bolsonarismo começa a ser derrotado nas urnas

A especialista chama a atenção para traço republicano e carisma de Alexandre Kalil, prefeito reeleito pelo PSD, reflete sobre o tamanho do bolsonarismo na capital mineira e afirma que o anti-petismo ainda não saiu de cena. Ela acredita que a união de características do PSOL e PT poderia se tornar uma estratégia vitoriosa para o campo progressista nos próximos anos.

Kalil é uma amostra de gestão pública fora do espectro polarizado e ideológico

No último domingo (15), foram eleitas para ocupar a Câmara de Vereadores de Belo Horizonte as candidatas Bella Gonçalves (Psol), Duda Salabert (PDT), Iza Lourença (Psol), Macaé Evaristo (PT) e Sônia Lansky (PT). As cinco mulheres formarão a bancada de esquerda da Casa a partir de 2021.

O que levou Kalil à vitória no primeiro turno, com 63% dos votos?

Chamar a responsabilidade dos problemas do município para si, personagem comicamente mau-humorado, ações eficazes na pandemia, transparência, correspondência entre discurso e ação.

O elemento imediato e principal certamente é a defesa das pessoas no momento da pandemia. A maneira como Kalil se comportou até agora foi impressionante, seja no sentido de proteger as pessoas ou proteger a cidade. O prefeito enfrentou pressão de todos os lados, para não fazer isolamento, para a abrir o comércio, teve carreata na frente da prefeitura. E ele bancou, junto com médicos. A população viu isso.

Atual prefeito é um dos nomes melhores posicionados para a eleição de governador

É a segunda vez que Belo Horizonte tem um prefeito capaz de defender a cidade dessa forma. Uma foi há 100 anos, quando houve a gripe espanhola. A capital também tinha um prefeito [Vaz de Melo, no ano de 1918] que deve estar orgulhoso do Kalil. O Vaz de Melo, na época, apoia a Diretoria de Higiene, que era a Secretaria de Saúde, e fecha cinemas, bares, rua da Bahia, tudo. Os donos de cinema resolvem abrir na marra, mas a cidade se movimenta e faz um boicote aos cinemas.

E o prefeito tem uma particularidade interessante que eu acho que deve ser considerada. Ele fala as coisas de forma muito transparente. Quando aconteceu o episódio da inundação [em janeiro de 2020], ele foi para a mídia e disse 'a culpa é minha'. Ele diz 'isso não está funcionando? A culpa é da prefeitura'.

Leia também: Com Câmara de BH 80% conservadora, analista aposta em aliança entre vereadoras

É um traço de transparência e, de fato, ele está prestando contas e assumindo a responsabilidade. Isso é uma característica muito republicana. É um gestor preocupado com a istração, com o bem comum. Vai lá e faz, errado ou certo. Não estou entrando no mérito dos acertos ou erros.

Ele tem esse traço de autenticidade, é um cara mau humorado, que em todas as fotos está carrancudo. Existe um personagem aí, digamos assim. Um cara capaz de ótimas tiradas, que diz que ‘quem tem medo de buzina é cachorro distraído, não o prefeito de BH’ [resposta de Kalil sobre os protestos contra o isolamento social em Belo Horizonte e carreatas que foram até a casa dele em abril deste ano]. Não tem como não ter simpatia por um sujeito que diz um negócio desses [risos].

A eleição de BH reduziu o bolsonarismo ao seu tamanho (123 mil votos), mas não é pequeno

Então, numa gradação, ele combina esse traço republicano, que é a coisa permanente – e aparece com muita força no momento da pandemia -, com a defesa das pessoas, da vida, e faz qualquer negócio para defender, ou seja, mostra que não é só discurso. Esses elementos nos ajudam a pensar a excepcionalidade do prefeito de Belo Horizonte, e tudo fica muito visível porque em outros lugares não é assim.

Segundo mandato será certeiro para analisar a capacidade de gestão de Kalil?

Essa próxima gestão vai ser um bom momento para que possamos avaliar a qualidade da boa gestão da coisa pública do prefeito, ver se ela corresponde ao que esperamos ou não.

Leia mais: Eleição 2020 marca ascensão da diversidade na vida política do país

Provavelmente Kalil vai buscar expandir as características do primeiro mandato. Ele ganhou a confiança da população e sabe disso. Ele pode demonstrar que essa confiança é merecida através de uma boa gestão. Além disso, o Kalil é uma amostra de gestão pública fora do espectro polarizado e ideológico.

Kalil no Governo de Minas em 2022?

Certamente, ele está cacifado para o governo de Minas. O que temos que pensar é que as Minas são muitas, há todo um rio que corre aí.

Um patamar importante é a prefeitura de Belo Horizonte, mas isso tem que, de alguma maneira, se refletir e se ampliar para as Minas, para o estado. O Kalil tem que se tornar conhecido e suficientemente bem avaliado.

Mas, do ponto de vista do indicativo, Kalil é um dos nomes melhores posicionados para a eleição de governador, por conta dessa vitória impressionante em Belo Horizonte.

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Eleição em BH mostrou espaço ocupado por Zema e Bolsonaro?

Rodrigo Paiva, candidato do Novo apoiado pelo governador Romeu Zema, teve 3,63% dos votos, 44.977 eleitores. Bruno Engler, que colou sua figura ao presidente Jair Bolsonaro, ficou com 9,95%, 123.215 votos

É uma eleição para prefeito, não é um plebiscito do governo estadual nem do federal, mas indica algumas coisas. Por exemplo, o candidato apoiado pelo governo estadual não teve nenhuma relevância. O governo estadual foi derrotado, Zema perde.

O anti-petismo continua vivo

No caso do Bolsonaro. A votação do Bruno nos dá a dimensão do bolsonarismo em Belo Horizonte. Nós temos 123 mil bolsonaristas em uma população de 2,5 milhões. É possível perceber o desenho de onde está esse bolsonarismo, por causa das zonas eleitorais, e está principalmente na classe média.

O Bruno foi um candidato muito identificado com o Bolsonaro, ele forçou demais essa vinculação e o presidente aceitou. Então, certamente, quem votou está identificado ideologicamente com o Bolsonaro. A eleição de Belo Horizonte reduziu o bolsonarismo ao seu tamanho. Não é pequeno, 123 mil pessoas não é uma quantidade pequena, mas fica bem menor quando você compara com o Kalil [que teve 63,36%, 784.307 votos].

A composição da Câmara de Vereadores é um recado para o PT?

Representação precisa estar alinhada com a atualidade. É necessário um meio termo entre estratégias do Psol e a estruturação contínua de políticas públicas realizada pelo PT

[O cenário da Câmara após eleições] dá um recado claro para o campo das esquerdas, principalmente para o PT. Tivemos uma renovação quase completa. É preciso um tipo de representação que esteja alinhada a determinadas pautas e a determinadas questões da atualidade. O PT tinha dois vereadores, continuou com dois vereadores, mas o perfil mudou radicalmente.

O Psol aparece com uma força muito interessante. O partido incorpora essa pauta atual e a identificação está sendo muito grande com ele. E essa eleição foi de um protagonismo do Psol muito mais relevante do que o do PT, o que é bastante sintomático.

O anti-petismo continua vivo. E o PT não soube se apresentar nesta eleição de uma forma nova. Não só incorporando essas pautas mais recentes, mas também com propostas relevantes para a cidade.

PT está preso lá atrás, nos anos 1970, inclusive nas propostas

Não é só sobre causa identitária. A impressão é que o que o PT pareceu ignorar Belo Horizonte em Belo Horizonte, entende? Não pensar a cidade no presente e não apresentar um projeto de futuro. O partido está preso lá atrás, nos anos 1970, inclusive nas propostas. O ado não ou.

Ao invés de olhar para a cidade, o que o Psol está tentando fazer é olhar para essas pautas novas. Mas eu acho que é preciso dar um o adiante. O que vemos é que ou você opera na faixa da pauta identitária e perde de vista que a cidade é plural, perde o projeto de cidade, ou você fica preso ao ado.

Nas mulheres que foram eleitas reconhecemos a pauta identitária, mas, se focamos em uma figura como a Macaé, achamos uma grande discussão sobre a educação.

Acredito que se a bancada progressista se reunir e conseguir conversar, é possível construir um projeto muito interessante, que pode contar com políticas públicas amplas e com o catálogo de direitos, que é onde está a questão do gênero.

É preciso dialogar desarmado. Se isso acontece, é potencialmente um projeto inovador para pensar uma cidade, seja do ponto de vista republicano – com a boa gestão pública, construção do bem comum -, seja do ponto de vista da democracia com o debate da inclusão e da igualdade”.

:: Veja também análise de Robson Sávio sobre o resultado eleitoral em BH::

Editado por: Elis Almeida e Rogério Jordão
Tags: topico-eleicoes-2020-belo-horizonte
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