Na noite da última quarta-feira (28), mais um candidato à vereança no município de Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro, foi alvo de ataques de ódio pelas redes sociais. O grupo de campanha “Evangélicos com Leo Giordano”, do candidato à reeleição Leonardo Giordano (PCdoB), sofreu um ataque coordenado de 48 pessoas com números de 14 estados do país e até um número internacional.
Ameaças de morte, postagens pornográficas e uso de palavras de baixo calão fizeram parte da ação dos invasores. O ataque mais grave ocorreu contra o reverendo Daniel Valente, que atua na coordenação do grupo e foi ameaçado de morte.
“Ter sua família ameaçada de morte, correr o risco de ter seu número publicado em sites de conteúdo adulto e ter toda sua comunidade abalada por ataques vis durante a madrugada mostram claramente o quanto estamos regredindo como sociedade. Lamentável e perigoso”, disse o líder do Ministério Leão de Judá e fundador do Instituto de Beneficência Somos Valentes (IBESVA).
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Nesta quinta-feira (29), Valente foi acompanhado do advogado Paulo Bóia à Delegacia de Crimes Cibernéticos no Rio registrar a ocorrência do episódio. O candidato Giordano destacou a necessidade de prosseguir com a denúncia às autoridades para impedir ações que ferem a democracia.
“Vamos proceder a denúncia porque não aceitamos absurdas tentativas de intimidação. Qualquer pessoa é livre para discordar de nossas ideias, mas ataques de internet, fake news e invasões de hackers com o propósito de escandalizar as pessoas que participam da democracia não podem ser aceitos como naturais”, afirmou.
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Outro caso
No dia 20 de outubro, a candidata a vereadora Benny Briolly (Psol) também foi alvo de ataques de ódio e ameaças de morte em suas redes sociais, coforme noticiado pelo Brasil de Fato. Após uma postagem de vídeo com apoio da deputada federal Talíria Petrone (Psol), membros do grupo de Facebook “Niterói quer ter prefeito” começaram a realizar uma série de ataques.
Um usuário chegou a afirmar para a candidata ter cuidado: “Ronnie Lessa já está de olhos em vocês. Cuidado com a metralhadora de excluir maconheiros”, em referência ao miliciano acusado de participar do assassinato da então vereadora Marielle Franco (Psol), morta em 2018 no centro do Rio.
