Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Direitos Direitos Humanos

MEMÓRIA

Vladimir Herzog: 45 anos da morte do jornalista símbolo da luta pela democracia

Neste 25 de outubro, completou 45 anos do assassinato do jornalista pela ditadura militar

26.out.2020 às 17h29
Porto Alegre
Vicente Giesel Hollas
Herzog, morto no DOI-Codi paulista durante a ditadura militar

Herzog, morto no DOI-Codi paulista durante a ditadura militar - EBC

O jornalista Vladimir Herzog, Vlado, como era conhecido, foi assassinado pela ditadura militar no Brasil (1964 a 1985) no dia 25 de outubro de 1975. No domingo, fez 45 anos. O crime aconteceu após ele ter se apresentado, de forma voluntária, a depor no Destacamento de Operações de Informação – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI). 

Para marcar a data, o Instituto Vladimir Herzog se prontificou a dar uma entrevista para falar um pouco da vida deste grandioso profissional da mídia. Com prestígio em nível global, o jornalista havia trabalhado em vários veículos de mídia nacionais, como o Estado de São Paulo, e internacionais, como a BBC de Londres.

“Vladimir Herzog segue vivo e presente em todas as ações do Instituto, que foi criado para manter viva sua memória e para honrar o legado e os valores que ele defendeu em vida”, comenta Rogério Sottili, diretor executivo do Instituto. Segundo ele, falar do Vlado é falar também sobre o Brasil do presente, pois, ao retomar a violência cometida no ado, as brutalidades do tempo atual também ficam mais fáceis de serem identificadas. “Ainda convivemos com a violência do Estado, com as violações de direitos humanos, com ataques contra a nossa democracia, com a perseguição aos movimentos sociais, à cultura, aos jornalistas, a toda forma de liberdade de expressão”, complementa Sottili.

O diretor comenta que é justamente pelo fato dos cidadãos brasileiros não terem conseguido lidar com o ado autoritário que violências parecidas são praticadas hoje, por um governo fascista. “Nosso compromisso ao trazer à tona a lembrança da morte de Vlado é o de lembrar o ado para não repeti-lo”.

Segundo o Instituto, criado em 2009 pela família, amigos de Vlado e ex-colegas do jornalista, “em 1978, em consequência de processo aberto pela família Herzog, o Estado brasileiro foi condenado por sentença judicial como responsável pela prisão, tortura e morte do jornalista.” O principal objetivo da criação do Instituto foi de lutar por valores que defendam a “democracia, os direitos humanos e a liberdade de expressão”, explica o diretor.

O ano de 1975

No ano de sua morte, Vladimir Herzog ocupava um cargo de grande relevância na TV Cultura. Sotilli pontua: “Vlado trabalhou em grandes veículos da imprensa, como o jornal O Estado de São Paulo, a BBC de Londres e a Revista Visão”. Na época, houve muita comoção social, principalmente entre os profissionais da área, que buscavam desmentir a farsa da ideia de suicídio criada pelos militares.

Sotilli enfatiza: “Quero destacar especialmente a atuação corajosa do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, com a participação de Audálio Dantas, Juca Kfouri, Fernando Pacheco Jordão, que lutaram muito para que a versão do suicídio forjada pelos militares não prevalecesse”.

Contudo, para o diretor do Instituto, a principal responsável por desmentir a versão do atentado contra a própria vida foi Clarice Herzog, que há mais de quatro décadas luta por “justiça e pela responsabilização do Estado brasileiro pela tortura e assassinato de seu marido”.

Saiba mais: Instituto lança acervo virtual de Vladimir Herzog como "intérprete de seu tempo"

“Início do fim da ditadura”

No dia 31 de outubro de 1975, seis dias após o ocorrido, um ato ecumênico foi realizado na Catedral da Sé, no centro de São Paulo. Sotilli pontua: “Em plena ditadura militar, milhares de cidadãos se reuniram, entre 8 e 10 mil pessoas, para prestar suas homenagens ao Vlado e protestar pacificamente contra o regime. Foi o primeiro ato público dessa envergadura, com esse tamanho, a confrontar a ditadura militar. ” […] por isso, nós costumamos dizer que esse ato inaugurou o início do fim da ditadura”.

A visão de outro jornalista

O jornalista e professor Cid de Queiroz Benjamin não conheceu Vlado, porém sabe que todos os que conviveram com ele tem muito respeito e dão muito valor ao profissional que Vladimir Herzog foi. “Com seu assassinato ele se tornou um símbolo da resistência contra a ditadura”, afirma.

Benjamin comenta que tem orgulho de ter integrado uma geração que lutou de verdade por mudanças sociais. Ele, que fez parte do Movimento Revolucionário 8 de outubro (MR8), fala que a generosidade e desprendimento entraram para a história.

O jornalista conclui: “A ditadura cometeu crimes contra o povo. Os jornalistas foram vítimas não só da censura e da repressão a seu trabalho profissional, mas muitos deles conheceram também a prisão, a tortura e a morte”.

Relação História x Jornalismo

O historiador Leonardo Botega considera que tanto o jornalismo quanto a história pertencem a um campo importante do conhecimento humano: “as humanidades”. Indagado sobre a relação entre os dois campos de conhecimento, Botega afirmou que o jornalismo pode se tornar “limitado pelas forças do jogo do poder, político e econômico, sobretudo, pelas suas relações comerciais”. Já o outro campo, sob o olhar do historiador, não tem o direito da “ocultação das fontes”, mas se torna menos sujeita ao caráter comercial, de publicidade. “Me parece que as pressões do mercado e da aceleração do tempo informacional têm sido muito mais perversa com o jornalismo do que com a história”, avalia.

Para Botega, Herzog representa um caráter fortificador no processo de oposição à ditadura civil-militar. “O assassinato de Vlado ocorre em um momento em que a população começava a dar sinais de que a ditadura não era tão popular como as propagandas oficiais tentavam demonstrar”.

Segundo ele, que nasceu dois anos após a morte de Herzog, não vivenciou o período, em suas palavras, “mais duro” da ditadura. Porém, sua família tinha uma considerável participação política, com pais que participaram, inclusive, do enterro do ex-presidente João Goulart em 1976, “onde os gritos de Anistia marcaram fortemente os Ritos Fúnebres”.

Botega também comenta que tinha seis anos quando houve os movimentos pelas Diretas Já e que se recorda da grande mobilização e alegria das pessoas na eleição, mesmo que indireta, de Tancredo Neves, assim como da comoção popular que marcou o enterro do mesmo. E conclui: “minha memória de “não-historiador” é do tempo da Redemocratização, tempos de muita esperança, onde defender a ditadura era defender uma aberração. Basta ver o desempenho medíocre que os candidatos ligados ao governo ditatorial tiveram em 1989”.

Editado por: Marcelo Ferreira
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja *
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

MUTIRÃO POR DIREITOS

Defensoria Pública realiza mutirão neste sábado (31) para ações de pensão em cinco cidades da Paraíba

CULTURA

Pedro Munhoz canta Belchior neste sábado em Seberi (RS)

FOMENTO

Com 14 canções selecionadas, final do 8º Festival de Música da Paraíba acontece neste sábado (31), em João Pessoa

CONQUISTA

Projeto ‘Visão de Cria’, de BH, pode levar narrativas periféricas para exposição em Portugal

TOTALITARISMO

Estados Unidos suspendem visto para estudantes estrangeiros e vasculham redes sociais de alunos

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.