Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Saúde

COVID-19

Vírus pode ter se tornado mais transmissível e menos letal no Maranhão

Cerca de 40% da população do estado já foi infectada; pesquisadores cogitam mutação

08.set.2020 às 16h15
Imperatriz (MA)
Mariana Castro

Um novo inquérito será realizado em outubro, para acompanhar o comportamento e a prevalência da doença no estado. - Reprodução

Cerca de 2,8 milhões de pessoas foram infectadas pelo novo Coronavírus no Maranhão, o equivalente a 40% da população, segundo polêmico inquérito sorológico. A estimativa gerou muitos questionamentos, por se tratar da maior prevalência no país e uma das maiores do mundo, acompanhada ainda de uma das menores taxas de letalidade – 0,17%.

Estudos similares indicam taxas de prevalência abaixo de 20% em outras regiões brasileiras. Pelos dados já divulgados, a segunda maior estimativa seria a da cidade de São Paulo, onde o inquérito do Projeto SoroEpiMSP, referente a julho, aponta cerca de 1,2 milhões de habitantes infectados (17,9%), com letalidade de 0,5%.

No estado do Espírito Santo a estimativa de junho é de 9,61% de infectados, o equivalente a 386.193 habitantes e letalidade média de 3,19%. Entre os dez países mais populosos do mundo, a taxa de letalidade em junho estava em torno de 1,3% (Rússia) e 11,7% (México). O Brasil apresenta taxa média de 4,9% de letalidade. 

Método

Os dados maranhenses foram apresentados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), a partir de inquérito sorológico realizado em parceria com a Universidade Federal do Maranhão (UFMA). O trabalho foi feito por 30 membros e cerca de 200 auxiliares, que entrevistaram e coletaram amostras de sangue de 3.156 pessoas, no período entre 27 de julho a 08 de agosto.


Além da coleta de sangue, inquérito consiste em entrevista com perguntas socioeconômicas e cuidados de saúde. / Reprodução

Para o coordenador do inquérito, o pós-doutor em epidemiologia Antônio Augusto Moura da Silva, a alta prevalência no estado leva a questionar os dados de outros estudos similares no país.

“A pesquisa traz alguns recortes surpreendentes, como a prevalência muito alta. Explicar isso é uma dúvida: será se tem outros locais com a prevalência alta e isso não foi observado ainda porque a maior parte dos outros trabalhos tem usado testes rápidos? Nós coletamos sangue, fizemos a eletroquimioluminescência, que sabemos que é melhor, mas será que é tão melhor assim que os testes rápidos que têm sido usados? Essa é uma dúvida”, questiona Moura.

Mutação genética

Sobre a letalidade, Moura explica que uma das hipóteses consideradas para o baixo índice é a possibilidade de uma mutação genética que tenha tornado o vírus mais transmissível e menos letal estar em circulação no Maranhão.

“A gente sabe que vírus, normalmente, quando ele tem muita agem tende a ficar menos letal e mais transmissível, o que é uma vantagem. É a seleção natural. O vírus vai sobreviver melhor se ele transmite rápido, e não mata”. Moura alerta que “são apenas possibilidades” que estão sendo colocadas, mas que precisam ser apuradas.

Uma mutação genética do Sars Cov-2 com essas características já vem sendo estudada a nível global, é a chamada mutação D614G.

Essa variante ganhou destaque após divulgação de um estudo na revista científica Cell. De acordo com o estudo, a mutação teria aumentado a capacidade do microrganismo de se replicar, mas sem elevar sua letalidade. Além disso, avaliou que antes de 1º de março, a variação só era encontrada em 10% das sequências genéticas pesquisadas, mas a partir de março, já estava em 78% delas.

Outro estudo sobre a mesma variação do vírus, divulgado posteriormente pela revista Lancet em agosto, aponta que apesar de mais transmissível, a mutação parece ser menos agressiva e letal.

Demora para receber auxílio

Outro ponto levantado para o alto índice de espalhamento do vírus foi a falta de isolamento social, piorado pela demora e dificuldades em garantir o auxílio emergencial às famílias mais pobres.

“Aqui tem uma população mais pobre, que precisou continuar saindo para conseguir dinheiro e comprar comida. Sabemos que o programa do governo federal, do auxílio emergencial, tem ajudado bastante, mas demorou um pouco a chegar. No mês de pico da pandemia as pessoas não tinham o auxílio em mãos, não conseguiram garantir o distanciamento. Talvez explique a prevalência maior aqui, a doença teve maior facilidade de espalhar por conta disso”, explica Moura.  


Demora e dificuldade para receber auxílio pode ter contribuído para disseminar o vírus no estado. / Reprodução

Somente no dia 27 de abril foi liberado o auxílio emergencial às famílias sem contas em banco. Em São Luís, a data foi marcada por longas filas desde a madrugada.

Amontoadas e com poucas esperanças, 398 mil pessoas amargam os índices de desemprego no estado, segundo levantamento feito entre os meses de junho e julho durante a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, que analisa o impacto da pandemia na economia. Ainda de acordo com a pesquisa, 65,8% dos domicílios maranhenses receberam algum auxílio emergencial relacionado à pandemia.

Estabilidade

Em coletiva realizada na sexta-feira (4), o governador Flávio Dino reforçou a tendência de estabilidade dos casos ativos no estado e incentivos à prevenção. O estado mantém o nível de estabilidade há mais de 80 dias e, em razão da baixa procura por atendimentos, desativará o Hospital de Campanha da capital no dia 17 de setembro.

Como incentivo aos municípios, Dino anunciou o prêmio“Vencendo o Coronavírus, que premiará, no valor de R$ 6 milhões, aqueles que melhor executarem ações de vigilância epidemiológica, atenção básica à saúde, com controle e monitoramento da doença.


Com redução da procura por atendimentos, hospital de campanha da capital será desativado dia 17 de setembro. / Governo do Estado

“O prêmio Vencendo o Coronavírus impulsiona esse esforço preventivo, sobretudo. Temos um patamar mais baixo do Coronavírus, precisamos agora intensificar as ações preventivas e as ações de controle, de vigilância epidemiológica e de atenção básica, que compete aos municípios. Nós vamos premiar e faremos esse monitoramento com dados quantitativos, que constam das bases de dados da secretaria de estado da saúde e dados qualitativos”, explica Dino.

Monitoramento

Apesar da estabilidade, Moura aponta a possibilidade de novos surtos e a importância de continuar o monitoramento no estado. Para isso, um novo inquérito será feito em outubro, com foco no município de Imperatriz, segunda maior cidade do estado e que tem apresentado aumento na procura por atendimentos e ocupação de leitos de UTI nas últimas semanas.

“A gente ainda está sujeito a ter alguns surtos da doença, por isso temos que continuar bastante atentos. Por conta da volta da doença em Imperatriz, vamos repetir o inquérito em outubro e vamos estudar especificamente, com mais detalhes, a situação de Imperatriz para entender o que aconteceu lá”.

Editado por: Rodrigo Durao Coelho
Tags: covid-19maranhão
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja *
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

MESADA

Bolsonaro diz que deu R$ 2 milhões para custear filho que está nos EUA

ARTIGO 19

Mendonça: redes não podem ser responsabilizadas por postagens ilegais

Protesto

MST realiza atos em Marabá (PA) contra instalação da hidrovia Araguaia-Tocantins

Bolsonarismo

Falta de unidade pode enfraquecer extrema direita nas eleições de 2026, avalia professor

AMAZÔNIA

‘Aproveitam brechas da lei para roubar terras públicas’, diz secretário do Observatório do Clima sobre grileiros

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.