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Início Direitos Direitos Humanos

Preso Político

Cineasta que produziu clipe contra presidente do Egito morre na prisão

Habash estava numa prisão em Cairo desde 2018, depois de dirigir um clipe que zombava Abdel Fattah el-Sisi

07.maio.2020 às 11h16
São Paulo
Zoe PC

Habash foi preso em 2018 quando tinha apenas 22 anos - Facebook screenshot

Shady Habash, cineasta e fotógrafo egípcio, morreu na prisão no dia 24 de março segundo seu advogado, sua família, e diversas organizações e ativistas de direitos humanos. Habash estava detido na penitenciária de Tora, na capital Cairo, durante os últimos dois anos.

Ele foi preso após dirigir um vídeo clipe que supostamente tirava sarro do ditador militar egípcio, Abdel Fattah el-Sisi. Rami Essam, o cantor que aparece no vídeo, se encontra exilado na Suécia. 

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Ahmed el-Khwaga, o advogado de Habash, informou repórteres que a causa da morte ainda não é conhecida. Em nota, Khwaga disse, “sua saúde estava deteriorando há alguns dias … Ele foi hospitalizado e voltou para cadeia ontem de tarde, onde morreu pela noite”.

Ativistas de direitos humanos acusaram as autoridades egípcias de negligência médica extrema e deliberada, resultando na morte prevenível de Habash, que poderia ter sido evitada com uma intervenção médica no momento certo. Esses mesmos vêm repetidamente denunciando as condições inseguras e insalubres das prisões superlotadas do Egito.

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Atualmente existem 60 mil detentos no país, muitos deles dissidentes políticos, figuras críticas e de oposição ao regime el-Sisi, incluindo membros da Irmandade Muçulmana, ativistas seculares, oponentes políticos e defensores dos direitos humanos.  

“Shady ficou muito doente em sua cela, seus companheiros gritaram por ajuda por algum tempo, mas os oficiais e guardas não fizeram nada até seu último suspiro”, disse Abdelrahman Ayyash, ativista de direitos humanos, sobre a morte de Habash,

No Twitter, a Rede Árabe de Informações de Direitos Humanos, culpou a negligência das autoridades e “a falta de justiça” pela morte do jovem. Habash chegou a ar quase 800 dias sem julgamento, na prisão de segurança máxima de Taro. 

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O advogado de direitos humanos Khaled Ali disse que Habash deveria ter sido solto dois meses atrás, depois que o período no qual uma pessoa pode ser detida sem ser investigada ou julgada terminou. 

Habash foi preso em março de 2018 quando tinha apenas 22 anos de idade junto ao seu colega Mustafa Gamal, por dirigir o clipe da música Balaha de Rami Essam, que zombava de el-Sisi, denunciando a corrupção do governo.

O título Balaha se refere ao apelido de el-Sisi dado pelo povo, que literalmente significa fruta de damasco. Balaha também é o nome de um personagem icônico do cinema egípcio, conhecido por ser um mentiroso compulsivo.

O clipe se tornou imensamente famoso no Egito, recebendo mais de 5 milhões de visualizações no YouTube. 

Subsequentemente, Habash e Gamal sofreram diversas acusações severas, como participação em um “grupo terrorista”, disseminação de notícias falsas, abuso de redes sociais, blasfêmia, desacato à religião e insulto ao exército.

Essam fez um tributo ao jovem cineasta e fotógrafo em sua página de Facebook, escrevendo, “Shady Habash morreu. Shady era das pessoas mais gentis e corajosas. Ele nunca feriu ninguém. Que Deus tenha piedade dele”. 

Essam também compartilhou a última carta escrita por Habash.

Leia a íntegra da carta de 26 de outubro de 2019

A prisão não mata, a solidão sim.

Eu preciso de seu apoio, para não morrer.

Ao longo dos últimos dois anos tenho tentado resistir sozinho a tudo que vem acontecendo comigo, para que eu possa sair da cadeia a mesma pessoa que vocês sempre conheceram, mas não consigo mais. 

Resistência na prisão significa resistir contra si mesmo – proteger a si mesmo e a humanidade do impacto de tudo que você vê e a diariamente. Quer dizer se prevenir de perder a cabeça ou de morrer devagar por conta de ter sido jogado aqui dois anos atrás e esquecido, sem saber quando ou como vai sair. 

Então, ainda estou na cadeia. A cada 45 dias apareço na frente de um juiz que me dá mais 45 dias, sem nem olhar na minha cara ou para a papelada do caso, no qual  todos os outros réus foram soltos há mais de 6 meses. De qualquer jeito, minha próxima audiência vai ser na terça dia 19 de novembro. 

Eu preciso do seu apoio, e que vocês lembrem eles que ainda estou na cadeia, e que eles esqueceram de mim –  e que estou morrendo lentamente pois sei que estou enfrentando tudo sozinho. Eu sei que muitos amigos que me amam tem medo de escrever sobre mim, pensando que serei solto mesmo sem o apoio deles. Eu preciso de vocês, preciso do apoio de vocês mais do que nunca. 

– Shady Habash, 26 de outubro de
 2019

Editado por: Leandro Melito
Traduzido por: Ítalo Piva
Tags: direitos humanosegito
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