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Profissionais da saúde representam 36% dos casos de covid-19 em Pernambuco

Trabalhadores da área médica relatam medo, sobrecarga de trabalho e preocupação com a família

23.abr.2020 às 14h39
Recife (PE)
Vanessa Gonzaga

Medo de contágio, preocupação com familiares e sobrecarga no trabalho são alguns dos desafios para os profissionais de saúde que atuam na linha de frente - Marcelo Casal Jr/ Agência Brasil

Se a população que está em isolamento teme o contágio por coronavírus, aqueles que precisam trabalhar neste período enfrentam uma situação ainda mais dramática. Esse é o caso, especialmente, dos profissionais da área da saúde, que lidam diariamente com pessoas com diagnóstico positivo para covid-19. Em Pernambuco, o último boletim da Secretaria de Saúde do estado, da última quarta-feira (22), confirmou diagnóstico positivo para mais 390 pessoas, totalizando 3.298 ocorrências de coronavírus no estado. Desses, 1.193 são profissionais da Saúde, representando 36,16% dos casos. 

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Pernambuco foi o primeiro estado do país a criar um protocolo para testar os profissionais da área da saúde, o que explica uma alta quantidade de casos confirmados, já que, anteriormente, a falta de testes implicava na subnotificação dos casos. O protocolo criado abrange todos os profissionais de saúde de todas as áreas, tanto da rede particular, quanto do Sistema Único de Saúde (SUS) e tem uma ordem de prioridade para testagem que vai daqueles que trabalham em emergências, todos da enfermagem e todos da Atenção Primária que também atendem pacientes suspeitos e confirmados, até os técnicos que realizam a coleta de exames microbiológicos. No caso de algum apresentar sintomas respiratórios durante o período de trabalho, a orientação é informar à chefia imediata para que a coleta seja feita e, em seguida, ser liberado para o isolamento.

O contato diário com pacientes, a falta ou falha de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e a carga viral dos pacientes que são atendidos na UTI são apenas alguns dos fatores que podem contribuir para o contágio desses profissionais. Por isso, alguns tiveram mudanças drásticas na rotina para conseguir manter sua própria segurança e a dos familiares.

Pedro Carvalho Diniz, chefe de divisão médica do Hospital Universitário da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), conta que a mudança na rotina é drástica. “Não é um plantão comum de UTI. Há um peso físico, por causa dos próprios EPIs; e mental, pela possibilidade de contaminação. E isso não acaba no plantão, para não contaminar outras pessoas. Eu estou em isolamento, morando provisoriamente na casa de um amigo para não levar riscos para a minha família”, conta. Diniz vem atuando na UTI do Hospital Universitário e viralizou recentemente nas redes sociais com um vídeo em que dança com uma paciente que estava se recuperando de covid-19 e H1N1.

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Janaína Carvalho, enfermeira e companheira de Pedro, também vem sentindo o impacto do isolamento. Com um filho de seis meses, Benjamin, o fim da licença maternidade e das férias obrigam a profissional a retornar ao trabalho na Organização de Procura de Órgãos de Petrolina (OPO), que atua na busca de potenciais doadores de órgãos com pacientes que estão internados em estado grave e em UTIs. A atuação da OPO tem impacto direto na otimização de leitos de UTI, especialmente neste momento em que o estado está com 99% dos leitos destinados ao tratamento de covid-19 ocupados. 

Por serem de outras cidades, o casal não possui familiares para integrar uma rede de apoio nos cuidados ao filho, o que obriga a família a delegar o trabalho de cuidados a outra pessoa para que consigam trabalhar. “Tanto eu, quanto meu marido, somos profissionais de saúde e ele está na linha de frente. Pedro saiu de casa para nos proteger, mas agora estou me preparando pra voltar a trabalhar, e estou lidando com a realidade das profissionais de saúde que são mães. Você fica pensando na possibilidade de se infectar no trabalho e infectar seu filho, já que não tenho a possibilidade de estar longe dele porque eu amamento, de expor quem está cuidando dele enquanto eu trabalho. A gente vai trabalhar com o coração apertado, com medo de se contaminar e contaminar as pessoas que a gente ama”, relata. 

:: Enfermeira morre em MG e levanta mais críticas sobre falta de EPIs em hospitais ::

Já em Recife, o Hospital Oswaldo Cruz (HUOC), antes da pandemia, não atendia emergências, mas, agora, se adequou para se tornar o hospital de referência para os casos de coronavírus, o que impactou a rotina das equipes de saúde. Raissa Vasconcellos, que é médica e teve diagnóstico positivo para a covid-19, trabalhava como residente na área de pediatria em um hospital parceiro do HUOC, como são o IMIP e o Hospital das Clínicas. 

“Os residentes estão atuando como uma ‘sombra’ dos preceptores, sem contato físico com pacientes, mas solicitando exames e cuidando da parte burocrática. Isso foi feito pensando que esses funcionários que estão na linha de frente vão adoecer e aí os residentes assumem a frente no futuro”, explica a médica.

Para ela, que mora com os familiares, a rotina em casa desde o dia 18 de abril, quando a testagem confirmou o contágio, teve o cuidado dobrado. “Das pessoas que trabalham comigo, eu sou uma das únicas que continua em casa. Agora, doente, eu fico isolada no meu quarto. Batem na porta pra eu pegar a comida que deixam lá e devolvo o prato para que seja higienizado. Mesmo antes disso, o contato já era mínimo, eu entrava em casa e ia direto tomar banho e lavar as roupas que usei” relata. 

“No começo, eu me senti culpada, por ter de alguma forma baixado a guarda e saber de todos os cuidados que deveria ter tido, mas, mesmo assim, peguei. Agora estou mais tranquila, mas é difícil, porque estou vendo outros colegas de trabalho e amigos se afastando, os que ficam tendo de dobrar o turno para cobrir a escala. Da minha residência, de 12, cinco estão afastados”, desabafa. Até então, o protocolo é de esperar 12 dias para realizar um novo exame e, caso dê negativo, o profissional pode voltar a trabalhar. 

Mesmo assim, ela espera o retorno ao trabalho. “O medo que a gente tem antes do contágio de como nosso organismo vai reagir a. Eu volto com menos medo, mas vou continuar me protegendo”, projeta. Para Janaína, o medo ainda é presente, especialmente pela forma como o vírus tem atingido a população que até então apresentava sintomas graves. “A volta ao trabalho tem me causado medo e eu ando assustada porque o número de casos está aumentando. A gente acaba ficando muito exposto. Meu maior medo é contaminar meu filho, ou a pessoa que cuida dele. É uma roleta russa, porque acomete idosos e também pessoas jovens, que podem evoluir para casos graves e isso causa uma angústia muito grande”, lamenta.

Editado por: Marcos Barbosa
Tags: covid-19pernambucosaúdesus
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