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Saúde e Política

Valorização das mulheres camponesas: do cuidado com as sementes à geração de renda

Mulheres do campo lançam campanha “Sementes de Resistência: camponesas semeando esperança e tecendo transformação"

31.mar.2020 às 12h37
São Paulo (SP)
Caroline Oliveira

“Se há lágrimas e sangue de nossas mulheres e nas nossas comunidades tradicionais, não é uma agricultura que alimenta” - MMC

Em março deste ano, mulheres de todo o Brasil lançaram a “Campanha Nacional Sementes de Resistência: camponesas semeando esperança, tecendo transformação”. Com a ação, as camponesas buscam ressignificar o papel que lhes é imbuído desde pequenas e se afirmarem como produtoras de saberes, de renda, de vida e de economia de mercado.

“Geralmente os companheiros ficam voltados a um trabalho maior da produtividade, daquilo que é reconhecido no mercado como economia, e as nossas mulheres ficam com as tarefas de guardar as sementes, fazer a hortinha medicinal, cuidar dos animais, ter o trato em lidar com a casa, com o trabalho doméstico. E esses trabalhos não são reconhecidos do ponto de vista econômico socialmente”, afirma Edcleide da Rocha Silva, uma das coordenadoras nacionais do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), no estado de Alagoas.

O objetivo é transformar aquela brutalidade que é vista como essencial quando o assunto são os negócios em cuidado. A metáfora da semente, explica Edcleide, é justamente isso: o nascimento da agroecologia e da soberania alimentar dos povos por meio das próprias sementes crioulas, as “mascotes” da campanha, e das mulheres enquanto sementes e pontos de transformação na agricultura.

A campanha projeta “uma sociedade que produza alimentos que alimentem a todas e todos, e não a uns e a outros não, onde haja redistribuição de terras, onde nossos indígenas não tenham que ser massacrados, mortos e mortas para saírem da terra para dar lugar a uma agricultura convencional do agronegócio, que sacrifica e mata vidas”, afirma Silva. “Se há lágrimas e sangue de nossas mulheres e nas nossas comunidades tradicionais, não é uma agricultura que alimenta.”

“Se há lágrimas e sangue de nossas mulheres e nas nossas comunidades tradicionais, não é uma agricultura que alimenta”

No manifesto da campanha, as mulheres também se colocam contra a liberação de novos tipos de agrotóxicos que, no posicionamento do movimento, “só propaga destruição, envenenamento de nossa população e morte, traz um cenário de calamidade histórica, política e social”. Somente em 2019, a liberação de agrotóxicos no governo Bolsonaro foi a maior dos últimos 14 anos.

“As mulheres do nordeste trazem grãos e plantas medicinais como resgate desses conhecimentos populares, como esse reconhecimento da ancestralidade e dessas sementes crioulas que têm se perdido e têm se colocado nas mãos das grandes indústrias as sementes transgênicas”, afirma Silva. Em um terreno de um hectare, ela produz manga, siriguela, jaca, acerola, laranja, banana, maracujá, mamão. Entre os espaços dessa plantações, tem alface, couve, coentro, pimenta de cheiro, pimentão, cebolinha verde, coentro e salsa. Sem contar com a plantação de mandioca, milho, batata, feijão e favas, para consumo da família.

Educação

Para além do debate político de agroecologia e agronegócio, a campanha também tem um caráter de formação. Noeli Taborda, também coordenadora do movimento e da campanha, em Santa Catarina, afirma que colado a esse debate, as mulheres do movimento também buscam aprender e ensinar técnicas para melhorar a produtividade sem perder a qualidade. 

“A gente foi construindo esse processo muito no sentido de fazer esse debate para dentro com as nossas camponesas: identificar a produção de alimentos, recuperação de sementes, a variedade para pensar essa autonomia em relação às sementes”, recuperação do solo, melhor forma de colher, armazenar, comercializar e doar. 

Ela, que produz mandioca, feijão, arroz, verduras, frutas e cuida de animais, destaca que a campanha trabalha, num todo, o enfrentamento a todas as formas de violência. “E aí a gente entende a semente como vida, como processo de construção de algo novo que está por vir. Nesse sentido nós entendemos que a geração de renda, a autonomia econômica das mulheres a partir de sua produção, é fundamental também no enfrentamento à violência.” Com esse debate aliado à formação, ela explica, as mulheres percebem o quanto são capazes de produzir e gerar renda. 

“As pessoas têm de ter dignidade, a mulher tem que ser uma vida sem violência. [A gente] já sabe que tem muitas experiências bonitas das mulheres esparramadas no Brasil. E a ideia é divulgar que mesmo sem políticas públicas mesmo com pouca terra o quanto que as mulheres já têm produzido”, afirma Noeli Taborda.

Cuidado

De outro estado, em Minas Gerais, Lucivanda Rodrigo também coordena a campanha regendo o mesmo pensamento: cuidar das sementes também significa que as mulheres camponesas cuidam uma da outra. 

Atualmente, a campanha é feita por meio da divulgação de vídeos que mostram a rotina e as plantações dessas mulheres camponesas, além de textos virtuais que falam sobre a importância da mulher no campo. As atividades presenciais de formação estão suspensas por enquanto em decorrência da pandemia causada pelo novo coronavírus.

Quando há entrega, entretanto, “a gente fala da importância daquele alimento. Isso também é se multiplicar, valorizar a camponesa, isso também é trabalhar a semente, semente de esperança tecendo transformação, porque a gente transforma um todo, a gente fala de um todo, não fica só para nós”, afirma a camponesa.
 

Editado por: Rodrigo Chagas
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