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Cinema

“Moonlight: Sob a Luz do Luar”: um afro-americano em busca de si mesmo

Ficção de Barry Jenkins retrata a infância, adolescência e a vida adulta de Chiron, um garoto negro, gay e pobre

01.fev.2020 às 07h59
especial para a RBA
Xandra Stefanel
Moonlight: Sob a Luz do Luar já coleciona vários prêmios e recebeu oito indicações para o Oscar 2017

Moonlight: Sob a Luz do Luar já coleciona vários prêmios e recebeu oito indicações para o Oscar 2017 - Moonlight: Sob a Luz do Luar já coleciona vários prêmios e recebeu oito indicações para o Oscar 2017

Chiron é um menino doce e desconfiado que mora com a mãe em um bairro violento nos arredores de Miami. O filme Moonlight: Sob a Luz do Luar, que estreou na última quinta-feira (23) nos cinemas brasileiros, acompanha a trajetória do garoto desde a infância até a fase adulta em sua busca pelo autoconhecimento. O longa-metragem de Barry Jenkins é divido em três atos, intitulados com os nomes e apelidos do personagem nas três fases da vida: Little (pequeno, em inglês); Chiron (seu nome verdadeiro); e Black (negro, também do inglês).

Comovente e intenso, o filme faz uma espécie de construção psicossocial de um menino que desde cedo encontrou muita dificuldade para se entender, se aceitar e compreender por que era tão excluído e humilhado pelas outras crianças. Quieto e sensível, Little (Alex R. Hibbert) se sentia diferente de seus colegas, meninos que afirmavam sua masculinidade pela agressão e pelo bullying enquanto ele adorava dançar.

Um dia, ao fugir de outros garotos para não apanhar, Little conhece Juan (Mahershala Ali), um homem gentil e que comanda o tráfico naquela região. Sem querer voltar para a mãe (Naomie Harris), uma enfermeira viciada em crack, o menino o acompanha até sua elegante e confortável casa na famosa Miami estampada nas revistas. Ali, Chiron encontra aconchego e refúgio para as situações difíceis. Ele vê em Juan a figura paterna que nunca teve, uma pessoa emocionalmente estável e sem julgamentos, alguém que viria a ser seu porto seguro.

Uma das cenas mais bonitas é quando Juan ensina Little a nadar e o segura em seus braços, mostrando que o menino podia confiar nele. Aliás, é ele quem alerta: "Vai chegar a hora em que vai ser preciso decidir quem você é", em uma possível alusão aos confrontos internos que Chiron vive por causa de sua cor e sexualidade. Dono de uma sensibilidade e insegurança muito grandes, era preciso que o menino se protegesse para sobreviver em um mundo tão duro e cruel.

É por isso que na adolescência, o jovem (agora interpretado por Ashton Sanders) vai criando uma carapaça que culmina no terceiro ato com o surgimento de um Chiron diferente: Black (na pele do ex-atleta americano Trevante Rhodes) é enorme, cheio de músculos e, vestido como bad boy, exala o que se convencionou a chamar de masculinidade. Mas o pequeno Little ainda habita o adulto com cara de mal, sua sensibilidade permanece lá, mesmo que escondida.

O diretor, que morou na região onde se a o filme, nos apresenta com muita delicadeza os caminhos trilhados por Chiron em busca das verdades mais íntimas do personagem. Há poesia, lirismo, delicadeza e sutilidade na narrativa de Barry Jenkins, na qual a fotografia, com fortes contrastes, se encaixa harmoniosamente.

O longa é dirigido por um afro-americano e traz protagonistas negros com atuações magníficas que são o ponto forte da produção. Não se trata, porém, de um filme sobre raça e sexualidade, mas sim sobre a solitária busca pelo o autoconhecimento e é isso que faz com a obra seja universal e tão poderosa. O fato de contar uma história de um garoto negro e gay mostra apenas que todos, uma hora ou outra, am pelos mesmos questionamentos sobre o que somos e o que queremos ser. E a constatação de que somos todos iguais é ainda mais poderosa agora que os Estados Unidos têm à frente do país um presidente racista e homofóbico.

Moonlight: Sob a Luz do Luar já coleciona vários prêmios e recebeu oito indicações para o Oscar 2017 (Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator Coadjuvante, Melhor Atriz Coadjuvante, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Trilha Sonora, Melhor Fotografia e Melhor Edição). A cerimônia da 89ª Academia de Artes e Ciências Cinematográficas foi realizada neste domingo (26), e o filme saiu como o vencedor de Melhor Filme.

*Texto originalmente publicado na Rede Brasil Atual.

Editado por: Rede Brasil Atual
Tags: cinemafilmehomofobiaoscarracismo
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