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Início Política

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Com a democracia ameaçada, voto representa para muitos o sonho de uma vida digna

A paraense Pollyana, que se divide entre trabalho, estudos e ser mãe, coloca na urna a esperança de um país melhor

01.fev.2020 às 18h45
Belém (PA)
Lilian Campelo
“Respiro e penso na Sofia, no quanto é importante esse espelho que eu estou sendo pra ela”, diz a estudante

“Respiro e penso na Sofia, no quanto é importante esse espelho que eu estou sendo pra ela”, diz a estudante - Reprodução / Carta Capital

O voto representa, para muitas pessoas, a esperança de conquistar uma vida mais digna, com justiça, emprego, educação, cultura, saúde e segurança. Esse é o caso de Pollyana Naomi Kato Figueira, 31 anos, cotista, que luta para continuar os estudos na universidade mesmo com todas as adversidades sociais impostas causadas pela austeridade econômica do governo golpista.

“Respiro e penso na Sofia, no quanto é importante esse espelho que eu estou sendo pra ela”. 'Polly' é mãe de uma menina de 11 anos que adora Gilberto Gil, influência do pai, músico que toca em uma banda independente. A família composta de cinco pessoas mora na casa dos pais de Polly, em um apartamento de conjunto habitacional no distrito industrial de Icoaraci, em Belém (PA).

Parte da renda familiar vem da venda dos pasteis que os pais produzem e vendem no espaço da garagem em frente ao apartamento. Os pastéis do senhor André Akio Kato, 67 anos, mais conhecido pelos vizinhos como Kato, são famosos no conjunto, mas Polly relata que depois do golpe as vendas caíram quase 70%.

A vendinha da família fica em frente ao apartamento / Foto: Lilian Campelo

“Antes, aqui eram quatro mesas ocupando toda a área, hoje se tiver uma mesa é muito, tem dias que não vendo nada”, relata Kato.
O impacto causado pela austeridade econômica do governo de Michel Temer (MDB) reverberou não somente na renda familiar, Polly não conseguiu a bolsa permanente destinada a estudantes oriundos de escolas públicas.

“Como estudante senti o baque nos cortes no congelamento de verbas, porque eu não consegui a bolsa por conta desses cortes. Eu fui chamada na primeira lista provisória, quando saiu a oficial eu já não entrei porque os números de bolsas caíram muito”, relembra.

Conquistas sociais x retrocessos

Neta de japoneses e descendentes de pessoas que foram escravizadas, Polly foi mãe aos 19 anos e teve que deixar alguns projetos de vida para depois, como os estudos. Tendo que trabalhar e apenas com o ensino médio completo, conseguiu emrrego apenas no comércio. Mas nunca desistiu do sonho de entrar na universidade, até que enfim aos 30, conseguiu ser aprovada, por meio do sistema de cotas, no curso de museologia na Universidade Federal do Pará (UFPA).

“A questão é resistir, brigar. E não é fácil. Sou mãe, sou pobre, estou fazendo uma universidade aos 30 anos, então é muita luta”, diz Polly. Aprovada durante o governo de Dilma Rousseff (PT) a Lei nº 12.711, de agosto de 2012, conhecida também como Lei de Cotas, determina que as instituições de ensino superior federais destinem metade de suas vagas nos processos seletivos para estudantes que sempre estudaram em escolas públicas. A distribuição dessas vagas também leva em conta critérios raciais e sociais.

Cansada de ser explorada no mercado de trabalho que se apresentava a ela, entrar na universidade era a possibilidade de proporcionar no futuro uma melhor condição de vida à família. Contudo, sair de casa todos os dias para ter aulas na universidade é uma tarefa exigente. 

“É muito difícil a gente ser pobre e decidir [estudar] e pensar, assim: caramba, olha a situação que a gente está ando, estou com 30 anos, era pra eu estar ajudando os meus pais e acontece o contrário são eles que me dão muita força, meu pai é incrível, mesmo sem quase poder [ter condições] ele faz de tudo para que a gente siga os nossos sonhos, para que a gente siga o que a gente quer fazer, no que ama fazer e chega um momento que dá vontade de desistir da faculdade e arrumar um emprego."

E quando pensa na possibilidade de abandonar os estudos e voltar ao mercador de trabalho, Polly lembra da reforma trabalhista aprovada no governo de Michel Temer (MDB) que proporcionou uma maior precarização dos direitos, principalmente das mulheres e se agarra ao curso de museologia.

No entanto, Polly lembra com tristeza do incêndio do Museu Nacional do Rio de Janeiro. Ela se preocupa se, após finalizar a graduação, conseguirá entrar no mercado de trabalho caso, um candidato que não valorize a cultura e a identidade como pilares de uma sociedade for eleito, mas principalmente, teme pela democracia se Jair Bolsonaro (PSL) assumir a presidência: “É um cara que não tem conhecimento e não traz benefício nenhum, usa do discurso de ódio para ganhar votos."

Editado por: Pedro Ribeiro Nogueira
Tags: belémgolperadioagência
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