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ofensiva

MEC e Ministério da Defesa se unem para tentar impor militarização da educação

No Distrito Federal, onde o modelo foi aplicado no início do ano, houve recusa por parte de pais e professores

06.set.2019 às 18h51
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h51
Brasília (DF)
Cristiane Sampaio
Estudantes do Colégio da Polícia Militar de Ceilândia, no Distrito Federal

Estudantes do Colégio da Polícia Militar de Ceilândia, no Distrito Federal - Agência Brasília/Divulgação

O programa do governo federal que incentiva a criação de escolas cívico-militares em estados e municípios, lançado na última quinta-feira (5), provocou reações de trabalhadores, parlamentares e especialistas em educação. Anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), o projeto pretende implantar 216 unidades com esse perfil em todo o país até 2023, com uma média de 54 escolas por ano. 

Articulado pelos Ministérios da Educação (MEC) e da Defesa, o programa prevê que militares da reserva das Forças Armadas trabalhem em escolas públicas de ensino regular nas fases do Ensino Fundamental II e Ensino Médio. Quanto aos professores civis, o governo afirma que o objetivo do programa é mantê-los como responsáveis pela parte didática — toda a gestão das unidades ficaria sob cuidado de militares. 

"Nós não queremos que essa garotada cresça e, no futuro, seja um dependente até morrer de programas sociais do governo", disse Bolsonaro à imprensa durante o lançamento do projeto. O governo recebeu críticas de instituições como a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).

“Quem emite uma opinião dessas não se preocupa e não tem compromisso em compreender o que é a demanda da educação num país que há 519 anos tem, sistematicamente, negado o direito à educação à maioria da população. É alguém que não conhece a história da educação no Brasil”, critica Gilmar Soares, secretário de Assuntos Educacionais da entidade.

Além de membros das Forças Armadas, o programa permite que estados e municípios desloquem bombeiros e policiais para atuarem na organização das instituições e auxiliarem na parte de “disciplina” nas unidades educacionais. Esse é outro aspecto que incendeia os debates em torno do tema.

 "A existência de disciplina na escola advém de o próprio Estado garantir as condições para que o projeto educacional seja desenvolvido pelos sujeitos dentro da escola. É isso que apontam o Plano Nacional de Educação, a LDB [Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional], com as condições necessárias pra que seja desenvolvida a atividade educacional – profissionais efetivos, bem formados, bem pagos, condições de infraestrutura adequadas, etc. Até hoje a população cobra isso, mas os governos e a própria condição de Estado que temos hoje negam", contrapõe Soares. "Não é a transformação em escolas cívico-militares que vai resolver o problema".

Durante o lançamento do programa, o secretário de Educação Básica do MEC, Janio Carlos Endo Macedo, disse que estes ficarão responsáveis pela “gestão comportamental” do espaço. O programa atuará em três eixos: educacional, didático-pedagógico e istrativo. Juntos, eles englobam atividades de supervisão, psicopedagogia, organização e fortalecimento de valores “humanos, éticos e morais”.     

A iniciativa de expansão de escolas militares tem como cenário um avanço conservador no país, marcado, por exemplo, pela proximidade entre o chefe do Executivo e as Forças Armadas. Bolsonaro é conhecido pelas constantes referências elogiosas à doutrina militar e à tortura. Também é defensor de pautas como o Projeto de Lei (PL) Escola sem Partido, que encontra solo fértil em ambientes mais conservadores e preocupa especialistas da área educacional.   

Para o deputado distrital Fábio Felix (Psol), que acompanha o tema das escolas cívico-militares no Distrito Federal (DF), onde unidades desse modelo já são uma realidade desde o início do ano, o governo Bolsonaro estaria tentando, com o novo programa, acirrar a disputa ideológica em torno da educação, área que vem sendo alvo de diferentes iniciativas conservadoras.   

“É uma intervenção absolutamente equivocada na educação brasileira, porque ele a utiliza de forma bem ideológica, para tentar impor e enraizar o discurso da extrema direita no Brasil. Acho que tem um pouco esse significado. Ele quer impor um modelo de educação pra fazer uma espécie de guerra ideológica”, analisa o parlamentar.   

Rigidez

Em unidades que seguem o modelo, a rigidez das normas internas é um dos pontos considerados críticos do sistema de ensino e convivência. Os estudantes costumam ser submetidos a regras que limitam, por exemplo, o corte de cabelo. Também é comum o hábito de cantar o hino nacional sob a orientação de um militar.     

Por conta dessas e de outras práticas militares, o projeto do governo desperta preocupação principalmente entre educadores que conheceram de perto a atuação militar nas escolas na época da ditadura, como é o caso do professor Robson Eleutério. Ele acredita que a presença militar nas unidades tem um risco simbólico e tende a comprometer a formação dos estudantes.

“Não vai ter nenhuma melhora na parte da questão mais importante, que é a construção do conhecimento porque, aparentemente, tentam manter uma ordem que não pode ser reproduzida na construção do conhecimento do aluno. O estudante pode se sentir reprimido em algumas áreas, como história, artes e literatura, em algumas situações, podendo ar a ter uma visão fechada, retrógrada e não ter condições de acompanhar a sociedade atual de forma a entender plenamente os seus contextos”, avalia.   

Imposição

De acordo com o governo, os estados e municípios que quiserem aderir ao modelo precisarão fazer um pedido formal junto ao governo federal até o dia 27 deste mês para indicar duas unidades que podem receber o projeto-piloto a partir de 2020. Segundo o MEC, estados e municípios serão que fazer consulta pública sobre a adesão. Apesar disso, o presidente Bolsonaro afirmou, durante o lançamento, por diversas vezes, que o modelo poderá ser imposto.     

"Temos aqui a presença física do nosso governador do DF, Ibaneis. Parabéns, governador, com essa proposta. Vi que alguns bairros tiveram votação e não aceitaram. Me desculpa, não tem que aceitar, não. Tem que impor”, disse o chefe do Executivo ao aliado em um dos momentos em que mencionou a questão.   

Um projeto-piloto lançado por Ibaneis Rocha (MDB) no início do ano inaugurou, em quatro escolas do DF, um modelo de gestão compartilhada com a Polícia Militar (PM). A ideia é expandir o número para 36 unidades, a depender dos resultados.   

A medida encontra resistência entre pais, alunos, professores e servidores das instituições. No último dia 17, em uma votação, três unidades aprovaram o projeto e duas recusaram. Com isso, o governo desistiu temporariamente desses locais, mas gestores do DF têm afirmado que a consulta tende a ser repetida.  

A votação envolve estudantes, pais, professores e funcionários. Na unidade Gisno da Asa Norte, uma das instituições onde houve recusa, a rejeição foi de 73%. Em entrevista ao Brasil de Fato, o diretor, Isley Marth, sublinha que o a rede educacional do DF segue uma norma legislativa segundo a qual diferentes ações educacionais precisam ar pelo crivo da comunidade escolar antes de serem implementadas.  

“A comunidade escolar é que dá a pontuação do respirar de uma escola. A comunidade tem autonomia, tem o direito de escolha. O Brasil é assim. Nós não temos que trabalhar com imposição”, defende.

Editado por: Daniel Giovanaz
Tags: bolsonarocnteeducaçãoescolas cívico militaresestudantesradioagência
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