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Início Bem viver Cultura

Memória popular

Moradores de Perus lutam para preservar a história dos Queixadas

Bairro da cidade de São Paulo protagonizou maior greve da história sindical brasileira

28.fev.2018 às 20h25
São Paulo (SP)
Emilly Dulce
Ato Artístico do Coletivo Cimento Perus

Ato Artístico do Coletivo Cimento Perus - Arthur Gazeta

Moradores do bairro de Perus, na região noroeste da cidade de São Paulo, lutam para preservar a história da primeira grande greve do movimento sindical brasileiro. Iniciada em 1962, a paralisação durou sete anos e foi uma resposta de 3,5 mil operários – conhecidos como Queixadas – ao não cumprimento de direitos trabalhistas por parte dos proprietários da Fábrica de Cimento Portland Perus. 

Em 1992, o prédio da antiga fábrica foi tombado como patrimônio histórico da cidade de São Paulo e, desde então, sofre com a deterioração. O ime vem sendo discutido pelos coletivos e movimentos do bairro com o objetivo de ressignificar o espaço e transformá-lo em um Centro de Lazer, Cultura e Memória do Trabalhador.

Entre os dias 17 e 25 de fevereiro, diversas discussões e atividades culturais ocorreram no bairro para celebrar a resistência local e articular a construção do Centro de Memória. Para Regina Bortoto, neta de queixada e uma das articuladoras do Movimento pela Reapropriação da Fábrica de Cimento de Perus, esta iniciativa representaria um marco no processo de construção da história dos trabalhadores da região. 

"Quando você propõe estabelecer a memória, normalmente quem escolhe é quem tem o poder para selecionar essa memória e nunca é o trabalhador. A importância de um lugar onde o trabalhador possa falar das suas histórias e memórias seria como uma inversão [dessa condição]. Essa história não pode ficar só para quem vivenciou, ela tem que ser transmitida para as gerações futuras", afirma.

Em 2016, o Grupo Pandora de Teatro já havia organizado a Ocupação Artística Canhoba com o intuito de resgatar a história dos Queixadas através da arte e cultura. Uma das idealizadoras da ocupação, Caroline Alves reforça a importância de um ponto de cultura com histórias e memórias do bairro, o que ela define como "um espaço convidativo para a população periférica se apropriar e ser protagonista". 

Memória viva

Sebastião Silva de Souza, 84 anos, trabalhou na Fábrica de Cimento e foi um dos Queixadas. Seu Tião, como é conhecido, relembra que o interesse dos proprietários era só "produção e lucro" e que a greve foi a única maneira de lutar por melhores condições de trabalho. "Há necessidade de que o trabalhador seja reconhecido como gente, porque ele ajuda e não deve obrigação nenhuma ao patrão. Ele faz uma permuta: dá o trabalho e recebe um salário por isso e nem sempre é um salário compensador".

Criada em 1926, a fábrica de Perus foi a primeira indústria cimenteira de grande porte do Brasil. Após o fim da greve dos sete anos, em 1969, os Queixadas receberam os salários atrasados e tiveram o direito de voltar ao trabalho. As fraudes do antigo proprietário José João Abdalla levaram a fábrica à falência.

"Perus é um bairro que a luta existe a todo instante. A gente não descansa, tem sempre que estar pensando em se defender de alguma maneira", afirma Seu Tião.

Para a história dos Queixadas não ser esquecida, o Movimento pela Reapropriação da Fábrica de Cimento de Perus acaba de lançar folheto sobre a resistência dos trabalhadores grevistas que será distribuído em escolas da região. Como afirma Caroline Alves:

"Para resumir em uma frase eu diria um dos provérbios dos Queixadas, que é a firmeza permanente, o significado dele é você se manter na luta, mas nunca usar isso de forma violenta".

Editado por: Thalles Gomes
Tags: arteculturagrevememóriaperiferiaradioagênciaresistênciasindicato
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