Em meio ao cumprimento dos 30 dias de um "mandato feminista" na Câmara de São Paulo, durante a licença do vereador Toninho Vespoli (PSOL), a advogada e vereadora Isa Penna (PSOL) foi agredida verbalmente e ameaçada pelo também vereador Camilo Cristófaro (PSB). O episódio aconteceu na noite de ontem (16), em um elevador privativo dos parlamentares na Câmara da cidade.
Em conversa com o Brasil de Fato, Isa Penna explicou que o episódio aconteceu quando ela estava a caminho do subsolo do prédio da Câmara, para a reunião de construção de uma audiência pública sobre a rede de proteção das mulheres. "Uma ironia", nas palavras de Penna. Ao entrar no elevador, ela se deparou com o vereador Cristófaro. "Ele já estava me encarando com uma cara estranha, mas, como eu já tinha feito aquela fala no dia anterior, eu já estava aguentando muita gente me olhando feio", contou.
A fala que a vereadora menciona se trata de sua primeira exposição no Plenário da Câmara, na quarta-feira (15), na qual disse "que a Câmara Municipal de São Paulo está distante de representar os reais interesses da população, e que tudo lá é negociado", além de denunciar a reforma da Previdência.
Dentro do elevador, após cumprimentar o vereador, as agressões verbais começaram. Entre os termos e frases, Penna menciona: "vagabunda", "terrorista"; "você chega aqui achando que tem algum poder, mas não tem poder nenhum"; "depois, não vai ficar surpresa se, andando pela rua, você tomar uns tapas"; "eu vou pedir sua cassação"; "você está me desafiando">