Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Geral

Violência

“É o mensalão da Cracolândia que gera o confronto”, diz padre Júlio Lancellotti

Segundo Lancellotti, todo mês de janeiro, há um conflito na região da Cracolândia envolvendo a Polícia Militar.

18.jan.2017 às 17h26
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h37
São Paulo (SP)
Mayara Paixão
Padre Júlio Lancellotti, da Pastoral do Povo da Rua, afirmou que há um conflito na região da Cracolândia envolvendo a Polícia Militar

Padre Júlio Lancellotti, da Pastoral do Povo da Rua, afirmou que há um conflito na região da Cracolândia envolvendo a Polícia Militar - Padre Júlio Lancellotti, da Pastoral do Povo da Rua, afirmou que há um conflito na região da Cracolândia envolvendo a Polícia Militar

A ação da Polícia Militar na região da Cracolândia na noite desta terça (17), com uso de balas de borracha, gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral para dispersar os usuários de drogas da região, reacende o debate sobre as políticas a serem adotadas em âmbito municipal e estadual com as pessoas nesta situação de marginalização social.

Em entrevista à Rádio Brasil Atual, o padre Júlio Lancellotti, da Pastoral do Povo da Rua, afirmou que, em todo mês de janeiro, há um conflito na região da Cracolândia envolvendo a Polícia Militar.

"A leitura que eu faço é a de que é sempre um acerto, alguma coisa que eles estão devendo para a polícia", diz. O padre afirma que os confrontos frequentes fazem parte de respostas da polícia em função de possíveis não pagamentos da taxa que dependentes e traficantes da região pagam a agentes do estado — em nível municipal e estadual — para continuarem no local.

"Me lembra o Congresso Nacional: sempre que alguém não votou certo ou que o favor não foi feito, tem uma rebelião na base do governo. É o esquema de corrupção. É o 'mensalão da Cracolândia' que gera o confronto", compara o padre.

Justificativas

Para justificar a ação da Polícia Militar, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo disse, em nota, que a PM informa que tudo começou porque policiais "intervieram em uma briga entre habitantes da Cracolândia e pessoas que participavam de um culto".

A organização ainda alega que, no local, eles foram hostilizados com objetos por um grupo de pessoas que também depredou uma base da PM e uma viatura da GCM, e que, durante a confusão, uma das pessoas atirou um coquetel molotov que explodiu e feriu um policial.

De acordo com Luiz Antunes, que atua no movimento "A Craco Resiste" e chegou ao local logo após o início da ação da PM, muitos moradores relataram provocações que partiram dos policiais aos usuários de droga Ele conta que encontrou muitas pessoas feridas nas regiões das pernas e um senhor com grave ferimento na boca.

"Pude notar que foi uma ação desproporcional e totalmente descontrolada porque, além de a polícia agir com muita violência contra as pessoas que estavam no fluxo, a ação iniciou uma confusão sem nenhum motivo aparente", disse Luiz.

Ele também contou que, durante o movimento da Craco Resiste, os ativistas têm conversado frequentemente com pessoas que vivem na região da Cracolândia, e que são muitos os relatos de violência e abuso policial.

"Redenção"

A repressão policial colocou em discussão a oposição entre a política de redução de danos e promoção de direitos fundamentais fomentada pelo programa "De Braços Abertos", da gestão de Fernando Haddad (PT), e a política defendida por João Doria e Geraldo Alckmin, ambos do PSDB.

No dia 10 de janeiro, o recém-eleito prefeito João Doria (PSDB), que já criticou publicamente o programa da istração anterior diversas vezes, anunciou o programa que colocará em prática para o combate ao consumo de drogas em São Paulo. Nomeado "Redenção", ele implementará ações que preveem a internação compulsória para tratamento de parte dos participantes.

A medida já tem sido amplamente questionada por especialistas da área da saúde e por defensores dos direitos humanos. Para a terapeuta ocupacional e coordenadora-geral do Centro de Referência sobre Drogas e Vulnerabilidades da Universidade de Brasília (UnB), Andrea Gallassi, o programa de João Doria, que incorpora políticas do programa estadual "Recomeço" da gestão Alckmin, vai na contramão das políticas de redução de danos do "De Braços Abertos".

Segundo Gallassi, o programa de Doria centraliza as medidas na abstinência dos usuários, enquanto o "De Braços Abertos" carregava a perspectiva de oferecer direitos fundamentais para as pessoas, como moradia, trabalho e cuidados de saúde.

No programa da gestão Haddad, o cuidado de saúde não se tratava apenas de pensar na abstinência como imediata, mas sim como um processo. O entendimento era de que, se essas pessoas am moradia, trabalho e cuidados de saúde, seriam capazes de melhorar a vida de uma maneira geral e, consequentemente, diminuir o uso de drogas, como explica a terapeuta ocupacional.

"A ação que aconteceu ontem na Cracolândia sinaliza para a gente que trabalha nessa área há muitos anos que o que ele [Doria] vem tentando fazer é imprimir, por meio da força policial, um controle sobre aquela área. É um absoluto retrocesso, porque, afinal, o que o De Braços Abertos e a gestão anterior tentaram fazer era justamente romper com essa ideia policialesca na Cracolândia e levar direitos para essas pessoas", afirma Gallassi.

Ela ainda argumenta que o retrocesso deste tipo de ação é duplo, pois além de retroceder em relação ao cuidado com as pessoas que usam drogas, usando a força policial, o governo corrobora para o inchaço das penitenciárias justamente em um momento de crise do sistema carcerário que, em partes, é provocado pela grande quantidade de pessoas presas por suposto tráfico de drogas.

"A força policial não trata as pessoas. O que trata é oferecer direitos que são fundamentais e que elas não gozam em suas vidas", completa.

O próprio nome do programa de Doria, "teológico", também chamou a atenção de Lancelotti. "Nós vivemos em um Estado laico. 'Redenção' é uma palavra teológica, dificilmente usada como uma palavra terapêutica ou psicossocial. Por que redenção?", questiona o padre.

Edição: Camila Rodrigues da Silva

Editado por: Redação
Tags: joão doria
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja *
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

DITADURA

Uruguai ainda luta por justiça e memória, diz jornalista sobre Marcha do Silêncio

DISPUTA INTERNA

‘Eleição mais importante do PT’ coloca em jogo futuro da esquerda brasileira, diz cientista político

CRISE CLIMÁTICA

Redações inundadas e jornalistas nas ruas: seminário mostrou como foi a cobertura da enchente de 2024 no RS

IMPOSTO

Governo muda regra do IOF para arrecadar R$ 20,5 bilhões

25 ANOS DO MTD

Movimento de Trabalhadoras e Trabalhadores por Direitos cobra respostas do Estado em audiência pública no RS

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.