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Crime

Marcha lembra dois anos da chacina de Belém

As famílias dos onze jovens mortos em 2014 pedem que os casos sejam investigados pela Polícia Federal

18.nov.2016 às 13h28
Belém (PA)
Lilian Campelo
Marcha aconteceu em Belém e seguiu em direção à Assembleia Legislativa do Pará

Marcha aconteceu em Belém e seguiu em direção à Assembleia Legislativa do Pará - Marcha aconteceu em Belém e seguiu em direção à Assembleia Legislativa do Pará

Dois anos de dor causado pela ausência de um sorriso e agora apenas a lembrança em fotos estampadas nas camisas. Como diz a canção “(…) a saudade é arrumar o quarto do filho que já morreu (…)”. Nesta quinta-feira (17), famílias das vítimas assassinadas em cinco bairros da periferia de Belém realizaram uma marcha fúnebre rememorando o fato que marcou a capital paraense, conhecido como a chacina de Belém.

“Eu não tenho Natal, eu não tenho Dias das Mães, eu não tenho nada. Eu tenho mais dois filhos, mas nenhum filho substitui o outro, substitui o Marcio, a alegria, a vida a esperança que ele tinha, o jeito que ele tinha de resolver tudo. Depois que ele morreu a nossa vida acabou. A gente vai vivendo, resistindo, mas o vazio imenso está lá, mesmo hoje o tio dormindo no quarto dele parece que ele que está lá”.

É o desabafo de Suzana Amaral, 47 anos. O filho Marcio dos Santos Rodrigues faria 24 anos esse ano. Ele e mais dez jovens foram assassinatos nos dias 4 e 5 de novembro de 2014. O fato foi motivado pelo homicídio do policial militar Antônio Marco da Silva Figueiredo, conhecido por cabo Pet, morto no dia 4. 

Milícias 

A sucessão de mortes dos jovens de Belém e as postagens publicadas nas redes sociais de policiais militares chamando outros agentes de segurança para vingar a morte do cabo motivaram a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito – I das Milícias que apurou a atuação de milícias e grupos de extermínio no estado do Pará. 

A partir do caso da chacina de Belém, a I apurou outros casos ocorridos no interior do estado. Rômulo Moraes, 26 anos, é pesquisador do programa de pós-graduação em direito da Universidade Federal do Pará e faz parte do coletivo Cabano de Criminologia. Ele participou de algumas reuniões, contribui com o relatório e conta que os casos apurados pela I continham semelhança no modo de execução, não sendo assim casos aleatórios. 

“Foram abarcados os outros casos, principalmente a forma que aconteceram: chacinas com o mesmo modo executório, geralmente com envolvimento de policiais militares ou ex-policiais militares (…) e indícios de existência de vários grupos de extermínio, não necessariamente todos interligados, mas a existência da prática e da organização de milícias que vendem segurança, promovem o terror em bairros periféricos e execuções por encomenda”, explica Moraes.

Impunidade

Dos onze casos, apenas dois ainda tramitam na justiça. Os nove foram arquivados como inconclusos. Amaral informa que o inquérito do filho foi registrado como de autoria incerta e mesmo diante de casos em que a própria família colheu as provas que poderiam contribuir com a investigação, o caso também foi arquivado. É o que conta Vanda Mendes, irmã de Arlesonvaldo Mendes, baleado no bairro da Terra Firme. Mendes chegou a ser encaminhado para o hospital da cidade, mas não resistiu aos ferimentos. 

“Tá arquivado porque não tem provas, não tem testemunha, mas eu levei provas, eu levei as balas que foram recolhidas, levei fotos, vídeos de motoqueiro entrando na rua atirando nele e nisso, o que a polícia fez foi perder”, destacou Vanda Mendes.

Vanda lembra que o irmão recebia benefício, era uma pessoa especial e que na noite da morte do cabo Pet, Arlesonvaldo saiu para comprar um churrasco. O irmão do jovem chegou a alerta-lo sobre a onda de crimes que rondavam o bairro. “Meu filho ainda avisou pra ele: ‘não vai que eles estão matando, aram avisando que iriam matar’, mas ele era tão inocente: ‘mas eu não matei ninguém não sei nem quem é esse Pet’ e foi comprar o churrasco dele. Chegaram já atirando no local, ele correu, mas foi alvejado com cinco tiros”. 

 As famílias seguiram com a marcha segurando cartazes, cruzes e um caixão simbolizando a injustiça, o genocídio da juventude negra, o estado e a PEC55/241. A caminhada seguiu até o Ministério Público do Estado do Pará (MPE-PA) e lá os manifestantes entregaram ao promotor Rui Barbosa uma carta com os principais pontos de reivindicação, dentre eles, que os processos voltem a ser investigados, mas agora pela Polícia Federal. O final da marcha foi na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), onde os manifestantes queimaram o caixão.

Para Vanda a dor maior, além de não poder mais ver o irmão empinar pipa, atividade que mais gostava de fazer, é o sentimento de impunidade. Quando questionada sobre sua atividade, ao final da matéria, Vanda responde com firmeza: “Minha atividade agora é buscar justiça, é essa a minha função”.

Edição: José Eduardo Bernardes

Editado por: Redação
Tags: belémmilíciaparápolícia militar
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