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Início Política

Eleições

“A mulherada preta e periférica tem poder”, afirma vereadora mais votada de BH

Áurea Carolina conquistou 17420 votos, algo inédito na capital mineira

03.out.2016 às 18h36
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h36
Belo Horizonte
Wallace Oliveira
Áurea: "É papel da esquerda comunicar às pessoas uma forma de fazer política de maneira inovadora e democrática"

Áurea: "É papel da esquerda comunicar às pessoas uma forma de fazer política de maneira inovadora e democrática" - Áurea: "É papel da esquerda comunicar às pessoas uma forma de fazer política de maneira inovadora e democrática"

A vereadora mais votada da história de Belo Horizonte é jovem, negra e veio da periferia. Com expressivos 17420 votos – conquistados sem grandes gastos de campanha e sem padrinhos políticos, mas com uma imensa militância política – Áurea Carolina, do PSOL, é a primeira vereadora do partido na cidade, ao lado da atriz e diretora Cida Falabella, também do PSOL. Elas integram o movimento “Muitxs – pela cidade que queremos”. Em entrevista ao Brasil de Fato MG, Áurea analisa o cenário político nacional e municipal e aponta os principais desafios de seu mandato.

Brasil de Fato – O que significa ter uma mulher negra como a vereadora mais bem votada da história de BH?

Áurea Carolina – É uma demonstração da força das lutas feministas, antirracistas, das lutas cotidianas que resistem na cidade. Essa vitória também é uma demonstração de que representatividade importa e que ter pessoas com esse perfil é realmente muito importante para avançarmos.

A sua vitória vem num contexto de golpe e de várias tentativas de retirada de direitos. O seu mandato pode ser considerado, portanto, um lugar de resistência?

Sem dúvidas, o mandato vai ser um polo de articulação das lutas, debate crítico e proposição para a cidade. Um lugar para lutar contra a violação dos nossos direitos.

Em várias cidades, o número de votos nulos, brancos e abstenções superou os candidatos mais votados. Ao mesmo tempo, alguns deles se promoveram usando o discurso de negação da política, dizendo que não são políticos. Como enfrentar essa situação de um descrédito da política? ?

Acho que isso indica uma descrença na política tradicional e, ao mesmo tempo, uma despolitização, fruto da ideia de que não adianta participar, de que o voto não faz diferença. A Lava Jato e todo esse contexto de golpe conseguiram desmobilizar a população. Então, nossa tarefa é dizer às pessoas que a política pode ser diferente, bonita, democrática, para que elas voltem a querer exercer seu direito ao voto, uma das muitas instâncias de participação política.  A minha eleição é uma demonstração disso. Eu não tenho herança política, não tenho padrinhos políticos, não sou empresária. Fiz uma caminhada autônoma com movimentos sociais. Acredito que é papel da esquerda comunicar às pessoas uma forma de fazer política de maneira inovadora e democrática. 

Ao mesmo tempo em que tivemos vitórias importantes da esquerda nas eleições, também houve um fortalecimento de partidos de direita e de uma pauta ultraconservadora. O que fazer frente a esse contexto?

Ampliar o debate público. Nosso mandato pode ser um espaço para contribuir nesse enfrentamento. Por exemplo, o debate sobre gênero e sexualidade na educação, que vem sendo tão atacado, a gente pode abordar de outra maneira, em espaços da educação popular, propondo que as pessoas pensem juntas. Eu acredito que temos uma chance de ajudar nesse sentido. O mandato também pode estar atento aos desmandos da Prefeitura, fazer uma fiscalização mais efetiva, tornar públicas informações que, muitas vezes, não chegam à população.

Como será organizado o seu mandato?

Nós propomos um mandato compartilhado. As “muitxs”, a Cida e eu acreditamos que essa construção tem que se dar de modo que possamos tomar decisões coletivamente, fazer desse espaço um lugar de educação popular, de desconstrução de privilégios. O mandato vai muito além do trabalho legislativo, é um ativador de possibilidades que a gente já desenvolve há tempos no cotidiano da resistência, mas com poucos recursos e pouca visibilidade. Então, o mandato amplifica isso, dá mais visibilidade.

Qual o principal ensinamento das eleições de 2016?

Que a mulherada preta e periférica tem poder, que podemos ocupar os espaços e que somos muitas e podemos muito mais, mesmo com toda essa onda de fascismo que estamos vendo. A política pode ser encantadora. Eu quero agradecer os milhares de votos das pessoas que sonharam juntas e apostaram. Foi muito bonito chegar até aqui. 

Editado por: Redação
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